quarta-feira, 25 de novembro de 2009





ESTRAGOS CAUSADOS PELA CHUVA PREJUDICA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DE TANGUÁ



Valor para reconstruir os estragos causados pelas chuvas na zona rural de Tanguá deve passar de R$ 6 milhões.


Cerca de 100 mil pés de laranja foram destruídos, diminuindo a produção do município, que é o segundo produtor da fruta do Estado do Rio. O tempo continua bom em Tanguá, mas os estragos causados pelas chuvas nas últimas duas semanas deixaram reflexos negativos no município. Mesmo as famílias que estavam desabrigadas terem retornado para as suas casas, a cidade ainda contiuna em Estado de Emergência. O abastecimento de água não foi totalmente restabelecido e a ligação entre vários bairros ainda está interrompida devido a queda de pontes e dos buracos que se formaram após as chuvas.



Os técnicos da Defesa Civil Estadual e da prefeitura estão finalizando o documento de Avaliação de Danos (Avadan), com todos os pontos que foram mais atingidos, como casas, pontes, estradas, entre outros, que deverão ser reconstruídos. Um levantamento preliminar apontou que uma das áreas mais prejudicadas foi a de agricultura. A chuva destruiu uma ponte e danificou outras oitos que fazem a ligação entre a zona rural e o Centro da cidade. Aproximadamente 150 Km de estradas foram danificadas, com a perda de toda sua superfície e a formando de imensas crateras. Sem poder sair de suas propriedades, os produtores rurais estão com dificuldades para comercializar as suas mercadorias e amargam um grande prejuízo, principalmente com a produção de laranja, onde Tanguá ocupa atualmente a segunda colocação no Estado do Rio na produção da fruta. Dos cerca de 1 milhão de pés de laranja que Tanguá tem plantado, a chuva destruiu cerca de 100 mil. “A maioria dos produtores estão a vários dias sem poder sair de suas propriedades, que ficaram alagadas. Pela nossa estimativa, perdemos 10% da produção de laranja. Esse fato, com certeza, vai comprometer a nossa economia. A safra que restou também está comprometida, pois com a queda das pontes e as crateras que se formaram nas principais estradas de acesso a zona rural, não temos condições de escoar a nossa produção”, explicou o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Fábio Gil, que também disse que plantações de aipim, quiabo e jiló também foram prejudicadas. O secretário de Agricultura disse ainda que está acompanhando o levantamento que está sendo feito pelos técnicos da Defesa Civil. Segundo Fábio Gil, estima-se que serão gastos, a principio, mais de R$ 6 milhões de Reais para reconstruir todos os danos que foram causados pelas chuvas na zona rural. “Em menos de dez meses sofremos três grandes enchentes. A pior coisa para o produtor rural é ver tudo aquilo que ele investiu ser levado, literalmente, por água abaixo. Mas foi isso que aconteceu na cidade nas duas últimas semanas. Agora estamos contabilizando os prejuízos para voltarmos a produzir a nossa laranja, considerada uma das melhores do país”, afirma Fábio Gil.

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