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CONLESTE PRETENDE ALAVANCAR O TURISMO ENTRE OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO

Seminário sobre agroturismo realizado nesta segunda-feira, dia 16, em Silva Jardim, é a nova aposta dos doze prefeitos do Conleste para alavancar o turismo e a economia da região.

Reportagem: Denilson Santos

O Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense (Conleste) realizou o 1º Seminário de Agroturismo, com foco no Turismo Rural, nesta segunda-feira, dia 16, no ginásio Jorge Mendonça, em Silva Jardim. O evento contou com a presença do Superintendente da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), Marcos Mufareg, da Superintendente de Desenvolvimento Regional das Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Lúcia Helena do Nascimento, dos prefeitos Carlos Pereira (Tanguá), Marcelo Zelão (Silva Jardim), Washington Quaguá (Maricá), além de vereadores e secretários de vários municípios da região.

Durante o evento, foi feito um balanço de todas as potencialidades dos doze municípios que fazem parte do Conleste, e como os moradores dessa região podem tirar vantagem econômica com esses serviços. A superintendente Lúcia Helena, que falou sobre As Perspectivas do Turismo no Rio de Janeiro, afirmou que o agroturismo e o turismo rural podem ser uma alavanca importante para o crescimento econômico das cidades do consórcio, principalmente devido a diversidade cultural e turística que elas apresentam. “O grande diferencial dessa região é a facilidade de acesso e as várias opções que o turista encontra. Temos parques, praias, mountain bike, trilhas, cascatas, turismo rural, ecológico e náutico, entre outras opções. Com toda essa diversidade, temos condições de fixar o turista por vários dias nessa região”, garante.

A estrutura das cidades também foi amplamente debatida, principalmente nas questões referente a tratamento de água, esgoto, ordenamento urbano e a expectativa do Conleste em relação aos investimentos na região. “Antes de tudo, temos que trabalhar a nossa vocação e fazer isso de forma criativa. Ninguém faz turismo em cidades com esgoto a céu aberto, praias e cachoeiras poluídas, cidades sem segurança. Que não fiquemos somente presos as questões do petróleo, mas façamos investimentos na qualificação profissional e em turismo rural, ecológico e de negócio. Produzir cultura e diversão é o que vai garantir a sustentabilidade econômica dessa região”, afirmou o presidente do Conleste, Carlos Pereira.

Para o Superintendente da Funasa, Marcos Mufareg, antes de atrair turistas, as cidades realmente tem que investir em infraestrutura. “Falar em turismo sem falar em saneamento é balela. Não podemos conjugar uma coisa sem a outra. Tratamento de água, esgoto e do lixo são fundamentais para o bem estar da população e dos turistas que pretendem atrair para a região. O turismo é a força matriz que vai modificar o quadro social dessa região, bem mais do que o comperj e o pré-sal que irão usar somente o território das cidades. Cultura e lazer valorizam bem mais as pessoas”, adverte Muffareg.


ABASTECIMENTO D`ÁGUA – A idéia de formar uma companhia regional de abastecimento de água, gerenciada pelos municípios do Conleste foi novamente levantada durante o seminário. Os prefeitos aproveitaram a presença do Superintendente da Funasa e reafirmaram toda sua insastifação em relação aos serviços oferecidos pela Cedae. “Juturnaíba é o manancial de água do Conleste e temos que explorar isso. Consorciar a distribuição da água é o caminha natural para o futuro das cidades do consórcio. Mas não podemos fazer isso sem construir novas redes coletoras de esgoto no entorno da lagoa, que vem recebendo esgotos das casas sem nenhum tratamento”, explicou Marcelo Zelão. O prefeito Quaquá resumiu o encontro: “Esse seminário é visionário. Na minha opinião, foi o passo mais importante que demos desde a criação do Consórcio, pois estamos pensando em desenvolvimento não só a partir do petróleo e do gás, mais do ponto de vista das diversidades cultural e turística, que são as nossas maiores riquezas.

CICLO DA LARANJA - A consultora do Sebrae, Mirela Conchito Conde, disse que é possível transformar a região num referencial de Turismo Rural, mas alertou que esse processo é lento e vai exigir muita persistência dos comerciantes locais. Em Tanguá, segundo ela, o primeiro passo já foi dado. Ela começou a ministrar um curso de qualificação para a população na área de turismo, onde a população vem aprendendo tudo sobre o setor, história da cidade e como empreender nessa área. Durante o evento também foi apresentado o selo do “Ciclo da Laranja”, que será usado em todas as embalagens e produtos comercializados na região. “Se todos souberem para onde vamos e aonde é o nosso norte, com certeza vamos conseguir o nosso objetivo”, garante Mirella, que apresentou vários casos de sucesso durante o seminário.